O poder que vem do povo

Muitas vezes vemos nossa sociedade esquecida pelos gestores, que ‘entra ano e sai ano’ ‘entra gestor e sai gestor’ e nenhuma novidade (boa) acontece para um povo que tanto sonha com dias melhores. Com esta atitude o maior prejudicado é o povo que ainda dorme profundamente. No entanto, espera-se que um dia, quem sabe, acorde para reivindicar melhorias para uma sociedade carente, que infelizmente não tem sorte com seus administradores e representantes. 

O povo não precisa de governantes para lhe apoiar em seus atos, suas manifestações, portanto, é preciso coragem e determinação para demonstrar que pode-se reivindicar os seus direitos.

A Constituição Federal deixa bem claro em seu art. 1º, Parágrafo Único que “todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta Constituição.”, mas caso esses representantes não corresponderem com as expectativas, o povo tem o PODER, de destituí-lo do cargo dado por ele mesmo. Assim, é necessário que comecemos a se incomodar com as corrupções existentes entre tantos gestores que por aqui passam. É preciso coragem para que haja mudanças político-sociais, como bem dizia o saudoso Pe. Nestor “sem luta não há vitória” e nossa querida Ir. Francisca “nunca mim cansarei de lutar”, estas frases caracterizam a vontade de mudanças concretas. Neste sentido, não se faz mudança trocando seis por meia dúzia. Assim, para mudar é preciso, antes de tudo, refletir, analisar e, por fim, ter certeza do que deseja fazer, pois, não se muda somente com pessoas, mas pelas ideologias. A mudança é mais complexa, principalmente quando se fala em gerir município. É preciso analisar as propostas de cada candidato (caso tenha propostas/projeto de governo), se não tem descarte-o. Pois, a mudança é a lei da vida. E aqueles que apenas olham para o passado ou para o presente irão com certeza perder o futuro.

O chefe do Poder Executivo é um empregado do povo, isso mesmo, empregado, e para isso recebe um bom salário (poderá receber até R$ 24.000,00), portanto, deve administrar o município com muita seriedade, tendo a certeza que o povo “estarão” (ou deveria está) atento aos seus atos.

Já o Poder Legislativo, que tem como membros os representantes do povo, tem o papel de fiscalizar os atos do Poder Executivo, além de ser o porta voz do povo para dirimir os problemas sociais. Mas infelizmente, não é isso que estamos vendo naquela Casa, seja lá por qual motivo for, aprovam leis que prejudicam os servidores (regência de classe), não observa lei existente que beneficiam estudantes (Programa Bolsa Faculdade) e por isso está inutilizável, aprovam reajuste dos seus subsídios, prefeito e vice, em até 100% e o mais constrangedor, realizam sessões em um único dia e horário, por ser mais cômodo para eles, esquecendo que o povo precisa está presente para apresentar os problemas do município.

Assim, cabe a sociedade refletir e saber a importância do voto, e então começar a se organizar e cobrar melhorias em todos os segmentos/setores da administração para que de fato, um dia quem sabe, tenhamos uma sociedade melhor. 

Por fim, não venda seu voto. Não troque sua dignidade. Não sejam cúmplices de políticos desonestos. Quem vende voto não tem caráter de cobrar saúde, educação, transporte, qualidade de vida, cultura, esporte, lazer, enfim, o valor que recebeu para votar no candidato deverá suprir suas necessidade por 4 (quatro) anos.

Por Nilton César da Silva